Por WALLACE CARVALHO
RIO DE JANEIRO - “Ti-Ti-Ti” encerra seus trabalhos com a sensação de dever cumprido. E muito bem feito por sinal. O remake provou que o público está aberto para assistir a uma boa história e é possível prender a atenção do telespectador às 19 horas. Os personagens engraçados, a escolha do elenco e os diálogos inspirados foram as bases que sustentaram a novela e fez com que a trama caísse no gosto do público.
O diretor Jorge Fernando fez uma comédia pastelona sem ser vulgar e conseguiu dar leveza a assuntos polêmicos como o homossexualismo. Ao abordar o tema da forma mais natural possível fez o telespectador mais conservador se envolver na história sem "causar" tanto. A autora Maria Adelaide Amaral modernizou, com maestria, personagens criados por Cassiano Gabus Mendes - dono da história - que rondavam a cabeça dos telespectadores. Refez a trajetória de alguns, criou outros e o resultado final ficou tão incrível que conquistou não só o público, como também a crítica.
A resposta ao belo trabalho veio através dos números. A audiência da novela subiu a ponto de ultrapassar o Ibope de duas tramas do horário nobre. Sem dúvida, valeu a pena ver de novo! Por isso, o Famosidades montou uma lista com os 10 pontos altas da trama que vai deixar muitas saudades nesta setxa-feira (18).
RIO DE JANEIRO - “Ti-Ti-Ti” encerra seus trabalhos com a sensação de dever cumprido. E muito bem feito por sinal. O remake provou que o público está aberto para assistir a uma boa história e é possível prender a atenção do telespectador às 19 horas. Os personagens engraçados, a escolha do elenco e os diálogos inspirados foram as bases que sustentaram a novela e fez com que a trama caísse no gosto do público.
O diretor Jorge Fernando fez uma comédia pastelona sem ser vulgar e conseguiu dar leveza a assuntos polêmicos como o homossexualismo. Ao abordar o tema da forma mais natural possível fez o telespectador mais conservador se envolver na história sem "causar" tanto. A autora Maria Adelaide Amaral modernizou, com maestria, personagens criados por Cassiano Gabus Mendes - dono da história - que rondavam a cabeça dos telespectadores. Refez a trajetória de alguns, criou outros e o resultado final ficou tão incrível que conquistou não só o público, como também a crítica.
A resposta ao belo trabalho veio através dos números. A audiência da novela subiu a ponto de ultrapassar o Ibope de duas tramas do horário nobre. Sem dúvida, valeu a pena ver de novo! Por isso, o Famosidades montou uma lista com os 10 pontos altas da trama que vai deixar muitas saudades nesta setxa-feira (18).
Caio Castro provou para todo mundo que é um ator de verdade. O ator, descoberto em um concurso do “Caldeirão do Huck”, deixou os tempos de galã de “Malhação” para trás e convenceu no papel de um homem mais velho. Já Ísis Valverde mostrou porque é apontada por críticos como a nova namoradinha do Brasil. A atriz construiu uma heroína crível, sem ser chata e fez o público torcer pela felicidade de Marcela. A dupla convenceu os telespectadores do amor entre a mineira e Edgar. A química foi tanta que parece que o romance saiu da ficção para vida real. Um tremendo ti-ti-ti.
Na pele de Victor Valentim, Murilo Benício mostrou como o tempo fez bem a sua carreira. Seguro e carismático, o ator fez todo mundo torcer pelo atrapalhado Ari. Já Alexandre Borges não teve medo de cair no ridículo e levou seu Jacques Leclair ao máximo da caricatura. A rivalidade entre a dupla rendeu bons momentos para a trama.
Todo mundo estava louco para relembrar as brigas entre Jacques Leclair e Victor Valentim, mas, no começo da novela, os costureiros acabaram sendo ofuscados pelo casal gay formado por Julinho (André Arteche) e Osmar (Gustavo Leão). O público se encantou com o amor puro dos jovens e não deu a menor pinta de rejeição. A notícia da morte do personagem de Leão no início da trama causou uma comoção entre os telespectadores, mas a autora teve que manter o fim trágico ao rapaz para poder dar continuidade para a novela.
Mas, o grande nome da novela foi Cláudia Raia. A atriz deu um verdadeiro show no quesito comédia. Com uma atuação espetacular, Jaqueline roubou a cena e poderia ter carregado a novelas nas costas. Cantando, dançando, “fazendo” a freira e até mesmo “pagando” de fã da Xuxa. Encontrar o tom de uma personagem tão exagerada não é nada fácil. E Claudia exatamente no ponto para fazer de Jaque, uma das personagens mais marcantes de sua carreira.
No meio de tanta festa, fazer o público acreditar no drama de Bruna foi uma tarefa espinhosa para Giulia Gam. Mas a atriz tirou de letra a missão e fez o público sofrer junto com ela as dores da mulher que enfrenta um câncer, da mãe que perde um filho e da pessoa que precisa derrubar seus muros construídos por preconceitos para voltar a ser feliz. Giulia passou o sentimento exato, fazendo com que o público, ao mesmo tempo em que não aceitava certas atitudes, entendesse o drama daquela mulher
Uma história que rendeu foi o quadrilátero amoroso envolvendo Jorgito (Rafael Cardoso), Desirée (Mayana Neiva), Armandinho (Alexandre Slavieiro) e Stéfany (Sophie Charlotte). O quarteto aprontou poucas e boas. Destaque para Mayana, que foi alçada ao posto de estrela e acabou tendo seu contrato renovado com a emissora. Sophie Charlotte foi outra que recebeu elogios da crítica por seu trabalho na trama escrita por Maria Adelaide Amaral.
Os personagens coadjuvantes também tiveram seus momentos de glória. O motoboy Chico (Rodrigo Lopez), a patricinha mimada Camila (Maria Helena Chira) e a precoce Mabi (Clara Tiezzi) ganharam importância ao longo da trama, desenvolveram suas próprias histórias e conquistaram a audiência.
Outro destaque da produção foram as participações especiais. Luiza Brunet, Preta Gil, Ana Maria Braga foram alguns nomes que gravaram algumas cenas dirigidas por Jorge Fernando. Mas nada se compara ao hilário encontro da “Rainha” Xuxa com Jaqueline, que de tão fã da novela, pediu ao diretor para fazer uma ponta em um dos capítulos. Isso sem contar no resgate de personagens inesquecíveis que fazem parte da galeria de personagens criados por Cassiano Gabus Mendes, como Divina Magda (Vera Zimmermann), Mário Fofoca (Luis Gustavo), entre outros.
A trilha sonora da novela foi um verdadeiro achado. Rita Lee logo na abertura com uma regravação mais lenta e cadenciada do clássico da banda Metrô, Maria Bethânia, a marrom Alcione cantando em inglês, Caetano Veloso, Titãs, Zélia Duncan, música inédita da Maria Gadú, um dueto de Ivete Sangalo e Marcelo Camelo e Alessandra Maestrini cantando “True Colors” na hora da morte do personagem de Gustavo Leão. Além do cuidado com a trilha, a direção se preocupou também com a arte da novela. Os cortes das cenas deram leveza e agilidade à trama sempre bem amarrada.
Por último, não podíamos deixar de mencionar os diálogos inspiradíssimos da autora Maria Adelaide Amaral e sua equipe de colaboradores. As frases faziam alusão a personagens de outras novelas ou misturavam ficção e vida real. Como, por exemplo, quando a personagem de Sophie Charlotte soltou a seguinte pérola para Armandinho (Alexandre Slavieiro): “Ei, você não é nenhum Malvino Salvador, não”. As brincadeiras saltaram do texto para as participações especiais. Malu Mader terminará a novela nos braços de Fábio Assunção, ator com quem contracenou em inúmeras tramas de Gilberto Braga.
Fonte: Famosidades
Fonte: Famosidades
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