As pernas da atriz e bailarina Claudia Raia viraram sua marca registrada e são elas, que dão nome ao seu mais novo musical, “Pernas pro Ar”, que está em Belém e poderá ser visto em duas apresentações, uma hoje e outra amanhã (15), às 21h, no Hangar.

“Normalmente quando venho aqui com algum espetáculo acabo ficando mais tempo do que o esperado. Às vezes me sinto radicada no Pará. Só que dessa vez não tem como, serão apenas essas apresentações, daqui ainda vamos para Manaus”, explica a atriz.

Em "Pernas pro Ar" Cláudia interpreta Helô, uma mulher que tem uma vida comum e que em um determinado dia um sonho a leva a experimentar outra vida fora da sua realidade cotidiana de dona de casa, passando por situações atípicas e inusitadas, que mostrarão os anseios, desejos, sonhos e devaneios de mulheres comuns, urbanas, representantes de todos nós, conscientes e equivocadas, seguras e inseguras, libertas ou aprisionadas de um vasto universo feminino.

"Para colocar o espetáculo no palco, foram necessários três meses de ensaio, com oito horas diárias de dedicação", conta Claudia.

ESTRUTURA

A mega-produção tem projeções volumétricas, softwares, sensores, câmeras e projetores. São 20 toneladas de equipamentos e uma equipe com mais de 150 pessoas envolvidas na montagem.

“A projeção volumétrica é feita por imagens 3D, que dão a impressão de que o ator está dentro de um cenário. Esse recurso já foi utilizado em shows da Madonna e do Cirque du Soleil”, diz Claudia.

Para garantir que durante a turnê a qualidade do espetáculo fosse mantida em todos os teatros do país, foi criada uma caixa cênica que fica sobre o palco, desta forma, é possível suprir a falta de recursos técnicos de diversos teatros.

"Para chegarmos aqui com todos esses equipamentos é necessária uma logística muito complicada. Mas, todo esse trabalho vale a pena. Poder fazer uma turnê com um musical como esse é gratificante", ressalta a atriz.

Outro diferencial do espetáculo é o figurino, de Marcio Medina, que explora materiais inusitados, como papel, plástico e couro. Além do voil, tecido muito comum em cortinas.

MONTAGEM

“Pernas pro Ar” foi montado com argumento de Luis Fernando Veríssimo, texto de Marcelo Saback e direção de Cacá Carvalho, que dirige o seu primeiro musical.“Quando convidei o Cacá ele perguntou se eu queria matá-lo, pois não conhecia musical. E eu respondi que ele conhece de tudo. Ele é um querido, um companheiro de toda a vida”, diz Claudia.

“O universo dos musicais no Brasil na última década começou a ficar muito rico e hoje há uma produção de inegável qualidade que gera uma quantidade de artistas com ferramentas e talentos incríveis”, afirma Cacá Carvalho.

No elenco estão Cláudia Raia, Marcos Tumura, Ruben Gabira, Jarbas Homem de Mello, Hellen de Castro, Daniel Nunes, Luana Zenun, Keila Bueno, Fábio Porto, Cléo Caetano, Oswaldo Romano, Alessandra Régis.

Além de 11 bailarinos e sete músicos que executam a trilha do espetáculo ao vivo, sob a regência e direção musical de Paulo Nogueira. “Bibi Ferreira, Sylvia Massari, Zé Rodrix e Claudio Botelho criaram versões para grandes clássicos da Broadway”, conta Claudia.

Para mais informações, acesse: www.pernasproar.com.br.

WORKSHOP

Nesta quinta-feira, às 16h30, no Hangar, Claudia Raia irá ministrar um workshop gratuito, para pessoas ligadas ao teatro e a dança – bailarinos, atores, técnicos – que queiram conhecer como funciona a produção de um musical.

As inscrições podem ser feitas no próprio Hangar ou pelo e-mail (leamorenoalves@yahoo.com.br), que deve conter seu nome e alguma identificação, como o número do RG ou CPF. Serão ofertadas apenas 300 vagas.

“Quero popularizar o gênero e aproximar o musical público. Com o workshop, os interessados poderão conhecer esse tipo de produção mais de perto”, explica Claudia Raia.

Serviço: Hoje (14) e amanhã (15), às 21h, no Hangar – Centro de Convenções e Feiras da Amazônia (Av. Dr. Freitas, s/n), apresentação do musical “Pernas pro Ar”, com Claudia Raia. Classificação: 14 anos. Ingressos: R$ 40, R$ 120 e R$ 160 (venda somente no Hangar). Informações: (91) 4003-1212.

Fonte: Diário do Pará, (Natália Viggiano, Diário Online)