Por Jorge Brasil


A atriz está roubando toda as cenas em que aparece. Não tem pra ninguém!


Sempre gostei muito de Claudia Raia. De todas as nossas estrelas, ela é a mais versátil. Canta, dança e interpreta com o mesmo talento. E se sai bem em papéis dramáticos – como a Donatela de A Favorita (2008) – e em comédias, vide a inesquecível Safira de Belíssima (2005). E como esquecer as maldades que praticou como a Ângela, de Torre de Babel (1998)? Impossível! Sua lista de sucessos na telinha é imensa, desde que estreou em novelas como a Ninon de Roque Santeiro (1985), há 25 anos. Mas não me lembro de ter visto Claudia tão esfuziante, engraçada e irresistível como a que se apresenta agora em Ti-Ti-Ti. Nas mãos de uma atriz menos carismática e inteligente, Jaqueline corria o risco de ser apenas mais uma doidivanas, como vemos tantas por aí. Mas Claudia a transformou numa força da natureza e rouba todas as cenas em que aparece.


A autora Maria Adelaide Amaral contribui muito para esse sucesso, é verdade, já que escreve para a atriz os melhores diálogos da trama. Claudia os interpreta com maestria, mas também aproveita cada mínimo detalhe de suas cenas, seja em suas hilariantes expressões faciais ou na resposta à atuação do colega. Quando contracena com Alexandre Borges e Murilo Benício, então, é simplesmente a glória. Não é à toa que Murilo declarou recentemente que participar de Ti-Ti-Ti é como estar de férias, tamanha a alegria que a novela lhe proporciona. E Claudia é o “parque de diversão” de Ti-Ti-Ti, tanto para quem está nos bastidores da novela, qunto para o público. É gente, não tem pra ninguém. Dois mil e dez é o ano da Raia.

Fonte: Coluna do Jorge Brasil